No dia 25 de outubro, o Politécnico de Tomar assinalou o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, com a exposição Vozes Silenciadas.
A exposição foi inspirada na instalação artística 'Zapatos Rojos', da artista mexicana Elina Chauvet, criada em 2009, no México, após a irmã desta artista ter sido assassinada pelo companheiro, e teve como objetivo homenagear todas as mulheres assinadas em contexto de violência doméstica.
Nesta primeira instalação, foram colocadas centenas de sapatos, no coração da cidade do México, para alertar para o problema grave da violência contra as mulheres. A obra foi depois replicada em diversos países.
Os sapatos vermelhos assumem-se assim como um símbolo da violência contra as mulheres. Representam o sangue derramado pelas vítimas, a dor e a perda de vidas devido ao feminicídio. Por outro lado, o vermelho simboliza também a cor do amor e da vida que foi interrompida.
Os sapatos vermelhos simbolizam a ausência, os passos que as mulheres deixaram de dar.
Esta exposição pretendeu dar voz às vítimas, que foram silenciadas. Foi um grito visual contra o silêncio imposto pela violência contra as mulheres.
Neste espaço, as pessoas foram convidadas a parar, a observar, a escutar e a sentir.
Tratou-se de um convite à reflexão, à consciência e à responsabilidade coletiva sobre esta causa, tendo cada um registado o seu compromisso para a eliminação da violência contra as mulheres.
Durante a inauguração, o Presidente do IPT, João Freitas Coroado, frisou tratar-se de um "dia muito sério" e que "qualquer forma de violência deve ser condenada e denunciada", crendo que este dia assinala a responsabilidade que cada cidadão tem no sentido de mitigar o flagelo da violência doméstica. "Todos os dias temos de estar muito atentos ao que nos rodeia, nomeadamente no que concerne à violência", alertou, sublinhando que este é um tipo de violência muitas vezes encoberto e que deve ser, sempre que possível, denunciado, saudando a iniciativa e reafirmando que todas as formas de violência "são absolutamente condenáveis".
A iniciativa foi organizada pelo Grupo Diversidade e Inclusão, inserida no Plano de Igualdade.


